ENGENHO DO BELÉM, IPÚ/CE |
MANOELZINHO DE NITERÓI, FABINHO E LUISINHO, ENGENHO DO BELÉM. |
ROÇA, BAIXA FUNDA, GRAÇA/CE |
FIA e sua irmã, VALDIRENE, descascando mandioca. |
BENTINHO e seu filho LEANDRO, CASA DE FARINHA |
PENEIRANDO A MASSA DE MANDIOCA |
FORNO, ONDE A FARINHA É MEXIDA ATÉ CHEGAR AO PONTO |
Aproveito o espaço para divulgar nossas belas paisagens, bem como nossa cultura. No pé da serra da Ibiapaba, na cidade do Ipú, já que a bica está interditada, temos o Engenho do Belém, um espaço agradável, um banho espetacular, a água friinha caindo da serra. Uma terapia para quem quer aliviar o stress. Continuando no pé da Serra, entre as cidades de Graça, Pacujá e Mucambo, estive numa localidade chamada Baixa Funda, onde vi lindas paisagens e a famosa Casa de Farinha, local onde se transforma a mandioca em farinha, ingrediente usado na fabricação de vários alimentos, entre os quais o beiju, conhecido pelos índios como mbyú, muito apreciado na região Nordeste do Brasil. Em 1551, o padre jesuíta Manoel da Nóbrega quando escreveu sobre sua visita a Pernambuco, já fala sobre o beiju e as farinhas fabricados pelos indígenas, cultura esta que até hoje é muito cultivada em nossa região. É um serviço pesado que leva mais de um ano para colher. Tudo começa com a plantação da mandioca, ao colher ela é raspada, depois é muída num motor, ai pegam aquela massa e passam para uma prensa, onde é tirada toda água da mandioca, inclusive dessa água pode ser feita a goma, e, finalmente vai para o forno, onde um homem fica horas mexendo, tudo muito criterioso, até a temperatura deve ser controlada, para não queimar a farinha. Um trabalho que exige força, experiência, coragem. Percebe-se que tudo é feito como se fosse uma grande festa, a farinhada, depois, certos do dever cumprido, eles comemoram comendo o beijú, a tapioca ou a própria farinha. Isso nos mostra que o nosso querido Ceará cresce, mas, não deixa de lado suas raízes. E, precisamos cada vez mais nos orgulhar, divulgar, valorizar e cultivar nossa cultura.
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