O empate de 2 a 2 no estádio Agenorzão apontou o Iguatu como campeão
cearense da 3ª Divisão. O vice Nova Russas, no entanto, alcançou o mesmo
e principal objetivo do rival: o acesso para a Segundona Cearense (que
passará a ser chamada de Série B a partir do próximo ano). O curioso é
que as equipes que decidiram o título estadual nesse sábado apostaram em
projetos completamente diferentes para subir de divisão.
Fora do futebol profissional desde a década de 90, Iguatu resolveu montar uma estrutura capaz de alicerçar o time. O estádio Agenorzão (antigo Morenão) foi ampliado e modernizado e foi entregue ao clube durante a competição. A prefeitura municipal assinou convênio com a equipe e injetou verba suficiente para arcar com despesas de material esportivo, concentrações, viagens e folha de pagamento. Algumas empresas locais, com ramificações por todo o estado, enxergaram na visibilidade do futebol uma forma de contribuir com o esporte da cidade agregando mídia à sua marca.
O resultado de todo esse investimento foi a montagem de um elenco recheado com jogadores conhecidos no interior do Ceará. A folha salarial do Iguatu era disparada a maior entre todos os participantes da 3ª Divisão. O artilheiro Juranílson, por exemplo, estava disputando a Taça Fares Lopes pelo Guarani de Juazeiro e foi seduzido por uma oferta salarial bem superior. Aliado ao trabalho do promissor técnico Washington Luiz (que já havia subido o Juazeiro em 2010), o clube conquistou o título inédito.
Rebaixado em 2010, o Nova Russas adotou uma política exatamente oposta ao rival. O clube não mandou seus jogos no estádio Mourãozão por falta de laudos técnicos. O poder público injetou dinheiro através da prefeitura municipal e políticos da região, mas o montante não foi suficiente para fazer grandes investimentos. Sem patrocinadores, o jeito foi apostar num elenco genuinamente regional.
Para se ter uma ideia, dos 14 jogadores que participaram do jogo decisivo com o Iguatu, apenas quatro (o zagueiro Geo, o volante Rafael Tchuca e os atacantes Kelson e Danilo) não eram nascidos na região de Nova Russas. Entre os “prata da casa” estava o veterano atacante Paulinho, novarussense que já rodou vários clubes do estado. O comando ficou por conta de Gil Cabral, que era preparador físico e assumiu a comissão técnica.
Mesmo com tantas diferenças na proposta, as duas equipes estão confirmadas na Série B Cearense em 2013. A única semelhança dos clubes após a final disputada nesse sábado era o discurso. O planejamento de ambos é manter o que deu certo este ano. Enquanto o Iguatu deve fazer novos grandes investimentos para tentar chegar à elite do estadual, o Nova Russas continuará apostando no talento caseiro. Modelos de gestões diferentes, mas igualmente vitoriosos.
Fora do futebol profissional desde a década de 90, Iguatu resolveu montar uma estrutura capaz de alicerçar o time. O estádio Agenorzão (antigo Morenão) foi ampliado e modernizado e foi entregue ao clube durante a competição. A prefeitura municipal assinou convênio com a equipe e injetou verba suficiente para arcar com despesas de material esportivo, concentrações, viagens e folha de pagamento. Algumas empresas locais, com ramificações por todo o estado, enxergaram na visibilidade do futebol uma forma de contribuir com o esporte da cidade agregando mídia à sua marca.
O resultado de todo esse investimento foi a montagem de um elenco recheado com jogadores conhecidos no interior do Ceará. A folha salarial do Iguatu era disparada a maior entre todos os participantes da 3ª Divisão. O artilheiro Juranílson, por exemplo, estava disputando a Taça Fares Lopes pelo Guarani de Juazeiro e foi seduzido por uma oferta salarial bem superior. Aliado ao trabalho do promissor técnico Washington Luiz (que já havia subido o Juazeiro em 2010), o clube conquistou o título inédito.
Rebaixado em 2010, o Nova Russas adotou uma política exatamente oposta ao rival. O clube não mandou seus jogos no estádio Mourãozão por falta de laudos técnicos. O poder público injetou dinheiro através da prefeitura municipal e políticos da região, mas o montante não foi suficiente para fazer grandes investimentos. Sem patrocinadores, o jeito foi apostar num elenco genuinamente regional.
Para se ter uma ideia, dos 14 jogadores que participaram do jogo decisivo com o Iguatu, apenas quatro (o zagueiro Geo, o volante Rafael Tchuca e os atacantes Kelson e Danilo) não eram nascidos na região de Nova Russas. Entre os “prata da casa” estava o veterano atacante Paulinho, novarussense que já rodou vários clubes do estado. O comando ficou por conta de Gil Cabral, que era preparador físico e assumiu a comissão técnica.
Mesmo com tantas diferenças na proposta, as duas equipes estão confirmadas na Série B Cearense em 2013. A única semelhança dos clubes após a final disputada nesse sábado era o discurso. O planejamento de ambos é manter o que deu certo este ano. Enquanto o Iguatu deve fazer novos grandes investimentos para tentar chegar à elite do estadual, o Nova Russas continuará apostando no talento caseiro. Modelos de gestões diferentes, mas igualmente vitoriosos.
disponível em: http://blogs.diariodonordeste.com.br/fabianorodrigues/campeonato-cearense/com-propostas-diferentes-iguatu-e-nova-russas-comemoram-mesmo-titulo/ acesso em 26/11/2012
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